Livro: Operação Portuga, Cinco Homens e um Recorde a Ser Batido

 

Madrugada de domingo, 18/12/2010. Ainda bastante sonolento tomo meu café da manhã e sigo para a Av. Paulista. Pela primeira vez percorreria o circuito da São Silvestre, ainda que em um treino simulado. Levei comigo o “Operação Portuga”, pois tinha combinado com o Sérgio Xavier, autor do livro, para nos encontrarmos antes do treino.

Em frente ao prédio da Gazeta já se viam diversos grupos de assessorias esportivas. A turma da Run&Fun com suas camisetas cor marca texto se destacavam. Não encontrei o Sérgio e, me sentindo meio pipoca, acompanhei um grupo que iniciava seu treino.

Lá pela Av. Rudge, olho para trás e vejo o Serginho correndo para recuperar o seu atraso. Cumprimentei-o, me apresentei e corremos juntos alguns minutos conversando sobre o livro que eu acabara de ler naquela semana. Como seu passo era mais rápido que o meu, ele seguiu adiante para conversarmos com mais calma no final do treino. Tinha feito ali um novo amigo.

O livro “Operação Portuga: Cinco Homens e um Recorde a Ser Batido”, como o autor gosta de reforçar, não é um livro sobre corrida, mas sobre gente e um desafio: superar o tempo de 2h43min50s conquistado pelo Amílcar Lopes Júnior, o Portuga, na Maratona de Chicago aos 42 anos de idade.

Esse desafio, proposto pelo treinador Marcos Paulo Reis, foi aceito pelos atletas amadores Lelo Apovian, Tomás Awad e Guto Urquiza.

Ao longo do livro, o autor, que é diretor de redação das revistas Placar e Runner’s World Brasil, nos relata todo o processo de superação dos desafiantes,  através de uma narrativa leve e cativante. Se engana quem espera um livro com planilhas de treinos e dicas sobre tênis de corrida. Prepare-se para se emocionar com histórias impressionantes.

Na última segunda-feira, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente todos os atores dessa história, passando a admirá-los ainda mais.

Compartilhei com o Tomás minha meta de correr minha primeira maratona, tendo a oportunidade ímpar de receber dicas dele para esse meu desafio.

Como o Lelo e o Portuga falaram nessa ocasião, após muito treino e dedicação, o mais importante é curtir cada momento da prova. “Se tanta gente se propõe a correr 42 Km, é porque deve ter algo muito bom lá no final”, completa o Portuga. E de fato acredito que tenha sim, tem a sensação de superar um desafio pessoal.